De manhã, estrada. Conseguimos carona para o trevo que liga as estradas pra Salgueiro, Floresta e pra Bahia. Ali, a caatinga é brava. Seco mesmo.
Havia uma “companhia”. Sorte que logo o primeiro caminhão a levou. Ai, logo em seguida mesmo, parou uma caminhonete. O cara era policial e nos levou até Floresta. Explicou como a polícia estava se preparando no combate ao crime organizado. Falou dos truques na caatinga. Da favela, uma planta que causa muita irritação. Deixou-nos no trevo para Nova Petrolândia. O sol estava muito forte e começou a nos dar dor de cabeça. Não havia nada por ali que gerasse uma sombrinha qualquer. O sol apertando cada vez mais. Passou um sertanejo com seu carrinho com mato para o gado.
E eu, ali, quase derretendo. Depois dessa, aprendemos que sol do meio-dia já não dava mais nessa região do país. Até que chega a mesma "companhia". E, por mágica, o primeiro caminhão que passa parou pra ela. Certo momento, passa uma van. O cara nos dá carona. Era o famoso velho tarado. Secava as meninhas na cara de pau. Foi engraçado, pois subiu uma indiazinha muito bonita e o velho me dizia "essa você pegava para criar". Com certeza! Haviam muitas tribos nessa região e descendentes indígenas. A menina era linda de morrer. Não me deu bola, claro. Afinal, eu havia assumido o posto de "cobrador do motorista tarado". Ao longo do percurso, o rio foi ficando cada vez mais azul. Uma coisa linda de se ver. Passamos pela represa de Itaparica e a de Paulo Afonso. Nesta última, parece um cânion. Há escadarias para se descer até o rio, com suas águas azul escuras. Sem entrar na água, pois é muito perigoso.
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