Bambuí, por uma estrada de terra. Primeiro, um leiteiro que nos deixou no meio da estrada. Depois, outro leiteiro, que parou na fazenda para coletar leite. Eu fui pendurado atrás, junto com o ajudante, um rapaz de 20 anos que se dizia “da roça”. Entre as coisas que me perguntou, sua inquietação por eu ter abandonado meu pais. “Como pode?”, perguntava-se. Pois é, como pode! Paramos para almoçar. Depois, carona em direção a Córrego Dantas. Outra em direção a Bom Despacho. O pessoal que parou era bem animado, cheio de gritinhos de festa.
Em Luz, a carona estava demorando. Queríamos passar por Dores do Indaiá e ir direto para Abaeté. Depois de um tempão, parou um sujeito num carrão. Ao nos deixar em Dores, onde estava indo, nos deu R$20,00. Hesitei um pouco para pegar. Falei para Maíra fazê-lo. Sua justificativa era que nós tivéssemos dinheiro para comer um lanche. Não passavam carros.
Fomos obrigados a entrar na cidade. Uma caminhada de mais de uma hora, com as mochilonas. Compramos algumas coisas e cozinhamos na rodiviárias. Eu levei fogareiro, o que se mostrou bastante útil ao longo de toda a viagem.
A cidade não nos agradou muito. Pegamos o ônibus de 22h para Abaeté. Baratinho. Chegando lá, arrumei uma pousada com uma mulher amargurada. Saímos à noite, mas estávamos quebrados. O sono foi bom nesse sábado à noite. Dia seguinte, após o almoço, mais caronas.
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