domingo, 3 de fevereiro de 2008

Manga - 07/01/2008

Segunda-feira, andamos até a estrada. Fomos na direção errada. Andamos mais um tantão até o outro lado da cidade. O sol de rachar, e ainda eram 9h30 da manhã. A estrada, de terra. Parou um caminhão. O cara bem gente boa. Parou para entregar mercadorias em São João das Missões, no supermercado de Celso!! E ele estava lá e nos reconheceu! E nos deu de comer, comentou com todos quem nós éramos! Compramos o último queijo de MG. Ele nos deu uns livrinhos sobre paz interior e religião. Achei legal da parte dele, apesar deu já ter minha religião. Ai, seguimos até Manga, última cidade antes da Bahia. Andamos um tanto até a estrada. O sol tava muito forte. E, para nosso espanto, a estrada era tão ruim que não passavam veículos por ali. Esperamos um pouco até o fôlego voltar. Ai, apareceu Paulo, um roceiro bem simpático que tocava violão. Pegou o meu violão e, com apenas dois acordes, tocou umas cinco músicas. Berrava e ria que nem doido. Na verdade, uma pessoa alegre! Um encontro musical único!

Paulo, o roceiro cantor!

Voltamos andando pra cidade. No meio do caminho, pára uma charrete. Eu pedi carona. O cara nos levou até o cais, para que tentássemos pegar um barco até Malhada, na Bahia. Durante o percurso, eu perguntei o que ele fazia. “Eu faço frete”. “É mesmo? Nós somos caroneiros. Só andamos de carona, viu? Eu vou colocar o teu nome no meu livro, como recordação por esta carona”. Às vezes, é preciso cara de pau. Acabei esquecendo o nome dele. Descemos no cais e não haviam barcos. O rio, barrento, estava muito baixo. Preferiam fazer o trajeto por “carro”. Pegamos um barquinho por R$1,00. Detalhe, a balsa, a uns 100m era grátis. Mas só descobri depois.

Comendo no barquinho.

Do outro lado, fomos ver os “carros”. Quatro horas para fazer menos de 100km. Em caminhão pau-de-arara, por R$7,00. Topamos, claro. Não havia estradas. O caminho era entre as roças. Ali, víamos várias fazendas cultivadas. Bois e galinhas. Homens simples.

Transporte típico da região: caminhão pau-de-arara.

Toda casa, com cisterna do governo. Nessa região, a chuva estava quase chegando. O caminhãozinho ia, e a chuva parecia nos seguir. Engoli poeira até não agüentar mais. Ao descer, o cara errou o troco. Vi que a falta de aulas de matemática dele deveriam ser compensadas pela minha honestidade. Devolvi os R$20,00 que ele me deu a mais (demos uma nota de 50).

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