quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ibotirama e Igarité - 10/01/2008

Mais uma carona boa. Um homem que se dizia espertão no comércio. Enriqueceu vendendo coisas de SP na Bahia e vice-versa. Parou em Ibotirama. Almoçamos nossa comida em um boteco. Pegamos uma carona até o trevo da estrada pra Igarité. O sol, fortíssimo. E, mais uma vez, aquelas estradas que não passam ninguém. Quase três horas ali e pára um ônibus do MST. Eles iam param num assentamento e em um acampamento para trazer as pessoas para Ibotirama no encontro regional do movimento. A coordenadora insistiu para a gente participar. Fizemos o seguinte acordo. Se em Igarité não conseguíssemos carona, na volta do ônibus nós também voltaríamos para Ibotirama ficar dois dias no encontro. Ai, de lá, pagar ônibus pra Xique-Xique.

Caroneando com o MST. Ao longo de toda a viagem, passamos por vários assentamentos e acampamentos deles.

Em Igarité, que é um povoado, praticamente, a regra persistia: nenhum carro passava. Ai, o povo dizia que dali uma hora passaria um ônibus que nos deixaria em Xique-Xique. Esperamos num bar, por insistência de um homem que queria me ver tocar violão. Mais uma vez a fama me chamando! Até queria pagar um refrigerante pra mim. O tal do ônibus veio e o motorista não quis nos aceitar. Regras da empresa. Fiquei indignado. Nós dois mofando ali, no meio do nada. Já escurecendo. Ah, o detalhe mais relevante disso, que era desesperador. Nós estávamos com uma “entrujona”. Essas “damas” pegando carona. Pegou carona com o ônibus do MST. E, no primeiro carro que passou, e parou, ela subiu. Nós, ali, no meio do nada. Já quase desesperados. Mas eu sabia, dentro de mim, que sairíamos dali. Na pior das hipóteses, voltar com o MST pro encontro regional bahiano. Até que parou um caminhão-consultório. Oftalmologistas passando por uma série de cidades no sertão bahiano e vendendo óculos. No mesmo instante, uma caminhote também parou. O cara disse que havia passado ali, nos viu, não parou, mas viu um orelhão. Tinha que ligar urgente. Parou para ligar e, com o arrependimento batendo, resolveu nos dar carona. Ao longo do caminho, ele e seus companheiros conversando. A música, do Mastruz com Leite. Era uma sobre a história de um vaqueiro. Muito legal a música. Ai, o cara nos convenceu que deveríamos parar em Barra, cidade de D. Luis Cappio. Ele havia se casado ali. Tinha um lugar pra se banhar em um rio e tinha o “Encantado”.

Um comentário:

Cristynne disse...

Meu querido!
Quem esta postando esse comentário aqui é uma moradora de Igarité, município pelo qual vc chamou de ''um lugarzinho no meio do nada''...
Então, creio que já faz muito tempo q vc veio aqui. Se vc fosse tão bom assim "famosão" vc viria de carro próprio e não precisaria ficar "mofando no meio do nada"... Então desde já deixo aqui o convite para vc nos visitar novamente e mudar a sua opinião!!!
bjs! ( ah! lembre-se ñ precisa mais vc vir de carro, pois aqui tem rodoviária e ônibus a vontade p vc ir onde quiser!)