domingo, 27 de janeiro de 2008

SUB-MÉDIO SÃO FRANCISCO - Remanso (BA) à Paulo Afonso (BA). Sento-Sé - 15/01/2008

Segunda-feira, acordamos cedo e fomos ao cais. Mais uma vez, nada de barcos. Adeus Remansa, Casa Nova, Sento-Sé, Pilão Arcado, Sobradinho, adeus, adeus... Um cara nos contou do dono de um barco, o Dinamarca, que ia pra Sento-Sé de carro. Conversamos com ele e topou nos levar. Chegamos na casa dele 13h. Esperamos até 18h30. Um saco. Saímos com mais um na cabine simples da D-20. Ou seja, em quatro pessoas. Ou seja, todos bem apertados. Não há estradas entre Xique-Xique e Sento-Sé. O cara foi dirigindo no meio das roças. Às vezes, errava o caminho. Vimos vários animais no sertão. Entre eles, uma onça. Lá pela 00h00, paramos em Cajuí, um vilarejo na beira da represa de sobradinho. Dormimos em rede, na casa de um amigo do motorista. Dia seguinte, bem cedo, fomos pra Sento-Sé. Mais duas horas de viagem. Mas, pelo menos, era dia. Durante o caminho, o motorista dizendo que a gente era corajoso. Coragem mesmo tinha ele, dirigindo à noite, no meio das roças, na escuridão! Na chegada, o cara pediu um cafézinho. Dei-lhe R$10,00 e foi de bom tamanho. Em Sento-Sé, sem barcos pra Remanso. Desistimos de percorrer a represa. Lá, a represa está bem esvaziada. As árvores saindo pra fora da água. Lago barrento.

A represa de sobradinho, em Sento-Sé.

No chão, areia e muitas conchas. De onde vieram tantas conchas, ninguém sabe. Dizem que o mar que trouxe pela força das águas. Uma dia, quem sabe, o sertão já foi mar, pensei.

Conchas no chão seco da represa.

Decidimos ir pra estrada e pegar carona. Isso era umas 10h30. A estrada começava ali e seguia até várias cidades. Isso quer dizer que o único fluxo de carros era dali em diante. Não passaram carros. Eu estiquei o saco de dormir de baixo de uma árvore e dormi. Acordei e fiz uma bela sessão de yoga. Perdi o saco de meu saco de dormir, pois ventava muito. Almoçamos nossos lanches e passou um mini-ônibus às 13h.

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